domingo, 11 de julho de 2010

O Despertar

Abro os olhos, nunca é fácil levantar.


Por que não continuar dormindo?


É tão bom sonhar...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Óptica

Tua luz te persegues assim como tua escuridão, porque se tu estás em frente a luz, atrás de tu há tua sombra.

Tua luz sempre será fonte de tua escuridão.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Preto no branco

Noite clara,
Luar de prata.

A perda das esperanças,
Pensamentos perigosos.

Apego ao divino,
Ilusões do desespero.

O pranto,
A queda d'água.

A desilusão,
Palavras que martelam a cabeça.

A mão desliza sobre o metal frio e sem vida,
a sua frieza é destruidora.

Um tiro no escuro,
Uma cabeça já vazia.

Um quarto agora em silêncio,
O sague delicía-se de um luar belo.

Um corpo já sem vida,
acaricia um chão de duas cores.

O inevitavél,
Preto no branco.

ps. Oriundo de 2009, porém, não publicado em mesma data.

Palavras

Palavras rasgam o silêncio

Palavras de felicidade

Palavras de dor

Palavras por emoções

Palavras por palavras

Palavras marcam

Palavras cicatrizam

Palavras que nunca foram esquecidas.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Uma alma em cinzas em um dia preto e branco

Hoje vi o dia amanhecer cinza,
Passei a manhã em uma mistura preto e branco.

O cheiro de chuva pairava sobre o ar,
A vida parecia triste e sem sentido.

O frio rasante descia sem aviso,
mas meus ossos parecia não incomodar-se

Hoje entardeceu cinza,
Passei a tarde escrevendo frases pretas em um papel branco.

Nem mesmo o pranto sobre o papel atrevia-se a desatinar,
Apenas palavras sombrias em sangue e pus.

As palavras se confundiam com meu eu,
E o meu eu estava totalmente perdido sobre o branco do papel.

Não havia porto seguro,
Apenas o vazio e a treva tomavam conta do todo.

As cores se misturava ao anoitecer sem sol,
Apenas o preto e o mais pálidos dos cinzas.

Hoje a noite é negra,
E num dia preto e branco, minha alma não passou de cinzas.

O cheiro de morte fedia como o esgoto,
O céu já estava bem abaixo do chão.

E eu pálido e definhando,
Olhava sem sono o céu negro e sem estrelas, esperando a tal hora.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Amor por minha amada

Amo-a,
Amo ama-la.

Amo e amo,
Amo muito.

Amo com amor e paixão,
Amo, e com razão.

Amo sempre,
Amo eternamente.

sábado, 7 de novembro de 2009

Que suave é o ar!

Que suave é o ar! Como parece
Que tudo é bom na vida que há!
Assim meu coração pudesse
Sentir essa certeza já.

Mas não; ou seja a selva escura
Ou seja um Dante mais diverso,
A alma é literatura
E tudo acaba em nada e verso.

Fernando Pessoa, 6-11-1932